sábado, 1 de setembro de 2012

Tout peut s'oublier


Está provado e lacrado a mil estrofes de uma única frase
Não há, não houve, não haverá
E me debato no não até que a evidência de uma esperança apareça
Há anos indo por um caminho torpe e lá na frente um nada cheio de amor e de tempestades
E tudo o que foi ainda é
E não acabarão nunca com as rugas, com o amor, com a distância, com o sexo sem nexo
E com as pinceladas de sacanagem entre dois olhares que nunca se vêem
Sabemos dos amores escondidos, dos amores tempestades, dos amores impossíveis
Dos amores que nunca se encontram, daqueles platônicos, entre alunos e professores
Dos amores gays, trans, heteros, bissexuais, trissexuais e dos amores a três, a cinco...
Sabemos de todos os amores que se quebraram e que se uniram, mas não sabemos do nosso.
Sabemos das lágrimas deixadas nos cantos das calçadas, e por quê?
E dos sinais de tudo aquilo que não é, e que deixa de ser.
Que sentido traz?
É lindo, que mais?
Passa, e leva-se a vida como se não houvesse nada.



3 comentários:

  1. Respostas
    1. Exato! É exatamente essa a pergunta que me faço e que está nas entrelinhas desse texto. =]

      Hey, nem sabia que vc tinha um blog!
      Muito massa!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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