
Entretantos...
Entre tantas as coisas que me sulgam diariamente está ela, a palavra que nunca pode ser dita
Sequer pronunciada, lacrimejada, desgarrada, desfarçada, nas entrelinhas, no espaço, no cerrar dos olhos e no descansar da cabeça no travesseiro...
Esta... "coisa"... vai consumindo e me guiando a um caminho desconhecido o qual eu tanto fugi de ir e agora corro para lá como uma criança amedrontada...
Tal conjuntura me costura os lábios e fincado à minha língua vai passeando de um lado ao outro sabendo-se preso, na angústia de um condenado perpétuo.
Me acorda a noite aos berros.
Tento encontrar conforto que me coloque os ossos no lugar, mas o conforto é passageiro.
Assim como tudo.
Tudo, menos... isso.
Eu peço qualquer coisa, qualquer delas que venha ao meu encontro que seja a hipnotizar minha memória, e me colocar em qualquer outro lugar, menos naquele.
Porque o lugar me persegue. Como se o lugar fosse eu e estivesse em mim.
Um lugar no tempo, no segundo de um dia.
Um segundo nunca durou tanto tempo...