sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Chamaria de meu...



Falo de coisas que só eu entendo.
Verde, minha cor preferida.
E só eu sinto.
Só eu sinto o verde, o que eu não conheço.
O verde misturado de um marrom listrado, cheio d'água.
Que às vezes chora...


E estas palavras? sem sentido, sem fim, sem rumo, sem nexo...
Sem olhos, sem leitura, sem suspiros, sem presença, nem ausência.
Sem o nada, porque nem nada tem.
É indiferente.
Não para mim!

Tudo é pouco demais...
Quiçá meia face, congelada, umas notas musicais e páginas avulsas de um livro qualquer...
Ou a fumaça de um cigarro que nunca é fumado...
E eu acabo com a ponta das minhas unhas
E me congelo com o gelo do reflexo do sol...
E das pernas despidas
Junto ao cabelo bagunçado
Preso num olhar desolado
E na boca avermelhada...
De alguém que nem cheiro tem
Nem timbre de voz
Nada... E tudo.
Mas tudo é pouco demais.
É quase nada. Nem nada é... E só eu sei.