terça-feira, 7 de agosto de 2012

Poem...

Minhas mãos cheias de nada embrulharam numa caixa avermelhada todas as lembranças.
Seu rosto, com um sorriso mais sincero que outrora, forma a paisagem e o retrato de um sonho de menina...
O que escrevi continua... E o que escrevo hoje é eterno, porque é simples.
É tão simples que precisa ser segredo. Só uma criança, pura e simples é que pode entender.
Um delicioso segredo que me abraça todos os dias, e me pega de surpresa, e me tira um suspiro...
Como se fosse uma pessoa. Mas não é. Não pode ser. É quase.
É um incenso, é um cheiro, o timbre trêmulo e tímido da voz que confessa as primeiras palavras de amor. São as letras, algumas palavras sem nexo, é um coração acelerando, é uma notícia de longe, muito longe. Do céu, lá das nuvens. É uma música. São várias.
Sou eu mesma, no espelho, serrando os olhos e a boca, engolindo na saliva as lembranças da caixa avermelhada, que eu guardo com afeto.





Um comentário:

  1. Ahh essa caixa é tão bonita.
    O conteúdo é tão maior que ela, mas nela é que cabe tudo que coloco dentro...

    Que saudade, me lembrou de um sorriso corado, de uma menina linda que adoro abraçar.

    Este pedacinho seu daqui me fez falta, viu?
    Amei o seu escrito, como sempre!
    BEIJÃO BEBE!!! `^^´

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